APRESENTAÇÃO
Neste ano em que o golpe militar de 1964 completa 60 anos, o Instituto Bixiga – Pesquisa, Formação e Cultura Popular em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo oferecem o curso Anatomia do Golpe – Lutas e Resistências dos Trabalhadores frente à plataforma social, econômica e cultural imposta pela Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), cujo propósito consiste não apenas expor e discutir criticamente a plataforma social, econômica e cultural e as principais “reformas” antipopulares impostas ao longo de todo o período correspondente à Ditadura Militar no Brasil (1964-85), mas, sobretudo, apresentar e debater as formas de lutas e resistências empreendidas por uma classe trabalhadora em constante movimento, impulsionada pela força e expansão dos movimentos populares, e que se opunham, de diversos modos, a implantação pelo decreto, fuzil e baioneta, das “reformas” antipopulares que certamente contribuiriam para o aumento da fome e do pauperismo de amplas camadas da população brasileira.
Esse período histórico, que representa um momento de intensas e profundas contradições sociais, foi responsável por profundas transformações no metabolismo cultural, político e econômico do país. Época da repressiva imposição de amplas “reformas” institucionais, da crise do dito “milagre econômico” (1973) e da fracassada tentativa de seu equacionamento pelas metas do II PND (1974), da estratégica política do governo militar representada pela fórmula “desenvolvimento possível e segurança mínima”, da famigerada “política de distensão” com seu slogan oficial “continuidade sem imobilidade”, da imposição do denominado “Pacote de Abril” (1977), da campanha pela Constituinte e Anistia (1977), da entrada de novos partidos na cena política (1980). Época marcada, sobretudo, pela ação vigorosa e pujante da classe trabalhadora e dos movimentos populares no cenário social, pautando sua atuação “nos marcos da resistência contra o binômio arrocho-arbítrio, superexploração-autocracia” e demonstrando, para a surpresa de muitos, que não “estavam dormindo, como nunca estiveram” nos terríveis anos de ditadura.
Fonte: Arquivo Público do Estado de São Paulo
PROFESSORES
Prof.ª Dra. Danielle Franco da Rocha
Doutora em História Social, Mestre em Ciências Sociais e Bacharel em Ciências Econômicas pela PUC-SP. Professora e Pesquisadora do Instituto Bixiga. Professora de História e Educação Patrimonial nas Licenciaturas de História, Letras e Pedagogia. Professora do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Tem experiência nas áreas de História, Educação, Economia, Sociologia, e Serviço Social. Atuando nos seguintes temas: História Social da Cidade, Educação Patrimonial, História Brasileira e Latino Americana.
Prof.º Dr. Edimilsom Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela PUC-SP. Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga. Professor do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP, de Paisagismo da UNESP Registro e de Arquitetura da Paisagem do SENAC-SP. Tem experiência nas áreas de História Social da Cidade, Arquitetura e Urbanismo, Arquitetura da Paisagem. Atuando nos seguintes temas: História e Cidade, Educação Patrimonial, História da Arquitetura e Urbanismo, Mapeamento e Informação em Cidade, Planejamento Territorial.
Prof.º Dr. Eribelto Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela PUC-SP. Bacharel em Direito pela PUC-SP. Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga. Professor do Curso de Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares (FAZP). Professor do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Tem experiência nas áreas de História, Economia, Direito, Ciência Política, Serviço Social, atuando nos seguintes temas: História e Economia Brasileira e Latino Americana, Direito, Sociologia, Serviço Social.
Referências Bibliográficas
CASTILHO, Edimilsom Peres. A contribuição da Habitação Popular no processo de acumulação capitalista no Brasil: o caso do Complexo Habitacional Cidade Tiradentes na periferia paulistana (1975-1998) Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo. 2015
CASTILHO, Eribelto Peres. A Classe Trabalhadora In Movimento: Um Retrato das Lutas dos Trabalhadores no Jornal Movimento (1975-1981) Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo. 2016
ROCHA, Danielle Franco. Bancários e oligopolização: avanços e limites nas lutas contra a superexploração do trabalho na ditadura no Brasil (1964-1980) Tese (Doutorado em História Social) – Programa de Estudos Pós-Graduados em História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo. 2013.
Carga Horária
02 horas/aula
Aos participantes serão conferidos certificados que podem ser aproveitados para as Atividades Complementares exigidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
*Ao se inscrever no curso o participante autoriza o INSTITUTO BIXIGA – PESQUISA, FORMAÇÃO E CULTURA POPULAR a utilizar suas imagens produzidas no âmbito do curso (fotografias e filmagens), para utilização em materiais de divulgação e publicações do instituto ou conforme outras necessidades dessa instituição, sem qualquer ônus material ou imaterial, por tempo indeterminado.