O Tratamento Tutelar, Encarcerador e Autocrático da Infância e Juventude na Ditadura Militar no Brasil (1964-1985)

O curso visa possibilitar aos participantes uma compreensão crítica do tratamento autocrático dispensado pela Ditadura Militar (1964-1985) à Infância e Juventude brasileira.

Curso On-line Gratuito.

Data: 20/10, quinta-feira, às 19h.

Professores: Danielle Franco da Rocha, Edimilsom Peres Castilho, Eribelto Peres Castilho.

“Não encarando o avanço progressivo do subemprego, do pauperismo e da fome como consequência necessária de sua nefasta plataforma econômica, a Ditadura Militar Brasileira passou a ‘ver’ a ampla miséria social como culpa dos próprios miseráveis, defendendo que, como tal, deveria ser punida. Um exemplo desse sórdido procedimento, adotado pela autocracia burguesa brasileira, pode ser encontrado no primeiro ano do governo de João Baptista de Oliveira Figueiredo, último dos generais-presidentes. “Pressupondo” que o “pauperismo seria a miséria infligida a si mesmo pelo trabalhador”, o governo e o Parlamento, seu servo, decretaram que a miséria não deveria ser mais encarada como um infortúnio, como até então fizera os programas de beneficência, mas sim reprimido e punido como crime. Foi assim que surgiu a Lei nº 6.697, de 10 de outubro de 1979, que dispunha sobre a ‘Assistência, Proteção e Vigilância aos menores’, e que ficara conhecida como Código de Menores de 1979”.

Eribelto Peres Castilho. A Classe Trabalhadora In Movimento – Um Retrato das Lutas dos Trabalhadores no Jornal Movimento (1975-1981)

APRESENTAÇÃO

No dia 22 de outubro, mês em que tradicionalmente a sociedade brasileira celebra a Infância e Juventude, o Instituto Bixiga – Pesquisa, Formação e Cultura Popular em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo oferecem o curso O tratamento tutelar, encarcerador e autocrático da Infância e Juventude na Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) cujo propósito consiste em apresentar e problematizar criticamente os aspectos sociais, jurídicos e culturais do tratamento dispensado à infância e juventude brasileira pela Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), período marcado pela consolidação de um maior controle estatal da vida das crianças, jovens e famílias das classes trabalhadoras, e pela transformação da denominada “questão do menor” em alvo frequente de intervenções arbitrárias do Estado pautadas na Doutrina de Segurança Nacional e na Doutrina da Situação Irregular.

PROFESSORES

Prof.ª Dra. Danielle Franco da Rocha
Doutora em História Social, Mestra em Ciências Sociais e Bacharel em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora e Pesquisadora do Instituto Bixiga de Pesquisa, Formação e Cultura Popular. Professora do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Professora de História e Educação Patrimonial nas Licenciaturas de História, Letras e Pedagogia. Tem experiência nas áreas de História, Educação, Economia, Sociologia e Serviço Social. Atuando nos seguintes temas: História Social da Cidade, Ditadura Militar no Brasil, Educação Patrimonial, História Brasileira e Latino Americana. Pesquisadora do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade (NEHSC) e do Centro de Estudos de História Latino-Americana (CEHAL) ambos do Programa de Estudos Pós-Graduados em História PUC-SP.

Prof.º Dr. Edimilsom Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Uberlândia (FAUeD). Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga de Pesquisa, Formação e Cultura Popular. Professor dos Cursos de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP, em Paisagismo da UNESP-Registo e Arquitetura da Paisagem do SENAC-SP. Tem experiência nas áreas de História Social da Cidade, Arquitetura e Urbanismo, Arquitetura da Paisagem, atuando nos seguintes temas: História Social da Cidade, Ditadura Militar no Brasil, Educação Patrimonial, Mapeamento e Informação em Cidade, Planejamento Territorial. Pesquisador do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade (NEHSC) e do Centro de Estudos de História Latino-Americana (CEHAL), ambos ligados ao Programa de Pós-graduação em História Social PUC-SP.

Prof.º Dr. Eribelto Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Bacharel em Direito pela PUC-SP. Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga. Professor do Curso de Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares (FAZP). Professor do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Tem experiência nas áreas de História, Economia, Direito, Ciência Política, Serviço Social, atuando nos seguintes temas: História e Economia Brasileira e Latino Americana, Ditadura Militar no Brasil, Direito, Sociologia, Serviço Social. Pesquisador do Núcleo de Estudos de História Social da Cidade (NEHSC) e do Centro de Estudos de História Latino-Americana (CEHAL), ambos ligados ao Programa de Pós-graduação em História Social PUC-SP.

Lançamento da campanha “Amor não tem cor” na Febem, 12/09/1980 (Arquivo Público Estado SP)

Carga Horária
02 horas/aula
Aos participantes serão conferidos certificados que podem ser aproveitados para as Atividades Complementares exigidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.

*Ao se inscrever no curso o participante autoriza o INSTITUTO BIXIGA – PESQUISA, FORMAÇÃO E CULTURA POPULAR a utilizar suas imagens produzidas no âmbito do curso (fotografias e filmagens), para utilização em materiais de divulgação e publicações do instituto ou conforme outras necessidades dessa instituição, sem qualquer ônus material ou imaterial, por tempo indeterminado.

+160 inscritos
Não matriculados

Curso conteúdo

  • 1 Aula
  • Curso Certificate
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