“Ainda que a Reforma Psiquiátrica tenha a desinstitucionalização como norteadora das Políticas de Saúde Mental, fundamentada na desvinculação entre loucura, periculosidade e segregação, e na perspectiva da garantia dos direitos dos usuários, identificam-se também retrocessos. O Campo da Infância e Juventude apresenta uma tendência crescente à psiquiatrização do campo dos conflitos sociais , que evidenciam a renovação de estratégias da ‘Gestão da Periculosidade’” Júlia Joia. As Tóxicas Tramas da Abstinência: compulsoriedades nas internações psiquiátricas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
APRESENTAÇÃO
Os estudos sobre a história da infância no Brasil evidenciam um processo de psiquiatrização das crianças, uma história intensa e que nos esclarece muito sobre a forma como, ainda hoje, tratamos a infância brasileira. Esta discussão é uma problematização iniciada com as experiências e indagações geradas nos momentos de reflexão e problematização dos cursos de formação continuada desenvolvidos com educadores e técnicos que atuam nos serviços de proteção especial da cidade de São Paulo. Em especial as contribuições dos profissionais dos serviços de medidas protetivas como Centros de Crianças e Adolescentes, os CCA’s; os Centros de Juventude, CJ; Serviços de Acolhimento Institucional e Serviços de Abordagem, SEAS. Além dos serviços de proteção, também os serviços de acompanhamento das medidas socioeducativas em meio aberto, os MSE’s.
No dia 19 de outubro, mês em que tradicionalmente a sociedade brasileira celebra a Infância e Juventude, o Instituto Bixiga – Pesquisa, Formação e Cultura Popular em parceria com o Memorial da Resistência de São Paulo oferecem o curso Nas Engrenagens da Repressão: Infância, Saúde Mental e Ditadura no Brasil cujo propósito consiste em compartilhar, redesenhar e refletir acerca dos contextos sócio-históricos do tratamento da Infãncia e Juventude a partir de um panorama da historiografia na consolidação das políticas públicas de saúde mental, em especial no período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985).
PROFESSORES
Prof.ª Dra. Danielle Franco da Rocha
Doutora em História Social, Mestre em Ciências Sociais e Bacharel em Ciências Econômicas pela PUC-SP. Professora e Pesquisadora do Instituto Bixiga. Professora de História e Educação Patrimonial nas Licenciaturas de História, Letras e Pedagogia. Professora do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Tem experiência nas áreas de História, Educação, Economia, Sociologia, e Serviço Social. Atuando nos seguintes temas: História Social da Cidade, Educação Patrimonial, História Brasileira e Latino Americana.
Prof.º Dr. Edimilsom Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela PUC-SP. Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Uberlândia. Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga. Professor do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP, de Paisagismo da UNESP Registro e de Arquitetura da Paisagem do SENAC-SP. Tem experiência nas áreas de História Social da Cidade, Arquitetura e Urbanismo, Arquitetura da Paisagem. Atuando nos seguintes temas: História e Cidade, Educação Patrimonial, História da Arquitetura e Urbanismo, Mapeamento e Informação em Cidade, Planejamento Territorial.
Prof.º Dr. Eribelto Peres Castilho
Doutor e Mestre em História Social pela PUC-SP. Bacharel em Direito pela PUC-SP. Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Professor e Pesquisador do Instituto Bixiga. Professor do Curso de Direito da Faculdade Zumbi dos Palmares (FAZP). Professor do Curso de Especialização em História, Sociedade e Cultura da PUC-SP. Tem experiência nas áreas de História, Economia, Direito, Ciência Política, Serviço Social, atuando nos seguintes temas: História e Economia Brasileira e Latino Americana, Direito, Sociologia, Serviço Social.
Carga Horária
03 horas/aula
Aos participantes serão conferidos certificados que podem ser aproveitados para as Atividades Complementares exigidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
*Ao se inscrever no curso o participante autoriza o INSTITUTO BIXIGA – PESQUISA, FORMAÇÃO E CULTURA POPULAR a utilizar suas imagens produzidas no âmbito do curso (fotografias e filmagens), para utilização em materiais de divulgação e publicações do instituto ou conforme outras necessidades dessa instituição, sem qualquer ônus material ou imaterial, por tempo indeterminado.